Proteger as crianças na internet está cada vez mais necessário. Com a infinidade de informações disponíveis, precisamos sempre estar atentos aos detalhes para torná-lo cada vez mais um espaço seguro.
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Pegar na mão das crianças ao atravessar a rua, não as deixar andar sozinhas, ensiná-las que não devem conversar com qualquer pessoa e que não devem aceitar alimentos oferecidos por desconhecidos são alguns dos cuidados que tomamos pela segurança das crianças. Mas com a facilidade de acesso à internet, os cuidados precisaram se expandir, inclusive, para dentro de nossas casas.
Atualmente, 91% das crianças da América Latina se conectam diariamente na internet, sendo 80% desses acessos realizados via celular. Com os conteúdos acessíveis com apenas um toque e com a facilidade em encontrar todo tipo de conteúdo, a segurança infantil deve ser levada a sério, visto que a internet não foi um espaço projetado para os pequenos.
Com o avanço do uso da internet no meio dos menores de idade, algumas regulamentações precisaram ser revistas e uma importante conquista foi a não coleta de dados de menores de idade sem o consentimento dos pais.
Ainda que os americanos tenham sido os pioneiros, muitas outras regulamentações foram se desenvolvendo para hoje garantir a segurança de quase um milhão de crianças ao redor do mundo: a GDPR-K na União Europeia (2018), a LGPD no Brasil (2020) e outras regulações locais na China, Índia e Coréia do Sul.
Mas, nenhuma regulamentação é efetiva se em paralelo não existir a conscientização da importância de produzir conteúdo de qualidade, sadio, adequado e relevante para o público infantil, garantindo experiências divertidas e educativas.
Com o apoio do governo, de ONGs e de produtores de conteúdo, a internet se tornará um ambiente mais seguro. Porém, é importante que os pais também façam a sua parte. Confira abaixo algumas maneiras de fazer isso:
1 - Sempre estimule o diálogo
Explique as diversas possibilidades que a internet oferece e deixe as crianças contarem sobre suas experiências também. Saiba o que gostam de fazer, o que normalmente acessam, com quem interagem e estimule que elas falem sobre suas experiências ruins na internet. Para facilitar, monte cenários, cite problemas já ocorridos e utilize de casos que estão sendo comentados e noticiados para expor situações.
2 - Ensine sobre privacidade
Converse com as crianças sobre a importância de manter a privacidade na internet e como informações pessoais não devem ser compartilhadas com qualquer pessoa. Oriente-os sobre escolher da forma adequada quem fará parte do seu círculo social na internet e ajude-os a configurar para que suas publicações sejam vistas apenas por amigos.
3 - Fique atento ao comportamento do seu filho
Comportamentos estranhos podem ser sinais de que algo não está certo. Minimizar ou fechar janelas e aplicativos rapidamente, trancar a porta do quarto, bloquear o celular ou tablet podem ser sinais de que algo está fora do normal. Conversar e ouvir, sem julgar, é muito importante para entender o que está acontecendo. Estabelecer uma relação de confiança facilita qualquer processo.
4 - Reforce os cuidados que seus filhos devem ter com estranhos
A internet passa uma falsa sensação de anonimato, o que abre portas para que as pessoas possam cometer crimes. Muitas crianças são iludidas e acabam se encontrando pessoalmente com desconhecidos, sem que tenham a menor noção dos perigos que estão expostos. Oriente seus filhos sobre não marcar encontros com pessoas que eles conheceram apenas por meio da internet e enfatize que é importante seguir para a segurança deles.
A maioria dos sites e aplicativos estipulam idade mínima para utilização. Quando as crianças se expõem, não respeitando esses limites, elas acabam correndo riscos e tendo contato com pessoas mal-intencionadas. Além disso, caso algo de ruim aconteça, os pais podem ser responsabilizados.
6 - Controle parental
Existe disponível um conjunto de recursos de segurança que podem ser utilizados pelos pais em diversos sistemas operacionais, sites e equipamentos, como roteadores e consoles de jogos. Há também aplicativos que auxiliam o monitoramento das crianças. Esses recursos possibilitam, por exemplo, que os pais definam filtros de acordo com a classificação etária do conteúdo, restrinjam determinados sites e aplicativos que podem ser acessados, com quem elas podem se comunicar, entre outras possibilidades.
Esse é um recurso que deve ser utilizado de forma adicional, já que depende de internet e pode apresentar falhas operacionais ou não ser tão taxativo.
7 - Proteção de contas de acesso
Explique aos seus filhos a importância de criar senhas não tão óbvias e nem fáceis de serem adivinhadas, com informações pessoais, como nome, sobrenome, data de nascimento, telefone, entre outros. O ideal é escolher senhas longas e que façam referência a algum gosto pessoal, como, por exemplo, “eu gosto muito de Dinossauros!!!”. Oriente, também, que eles sempre se desconectem após utilizarem computadores que outras pessoas tenham acesso.
É importante reforçar que os adolescentes também estão expostos a esses mesmos problemas. Outra preocupação relatada por eles mesmos é o cyberbullying, termo dado para a prática do bullying, feito via internet.
Se perceber que o seu filho adolescente está recluso, com comportamentos estranhos, de baixa autoestima, sem vontade de sair, ficando muito tempo sozinho e com muitos comentários negativos sobre si, busque ajuda profissional, converse com seu filho e se mantenha próximo da sua vida escolar. É importante que eles se sintam seguros perto dos pais.