Agilidade, segurança e inovação nunca foram tão interdependentes como no setor financeiro. Para acompanhar a velocidade das mudanças regulatórias, o comportamento do consumidor digital e o surgimento de novas soluções tecnológicas, bancos e instituições financeiras vêm recorrendo às plataformas low code como uma forma de ganhar eficiência sem abrir mão do controle.
Agilidade com menos dependência de código
As plataformas low-code permitem que aplicações sejam desenvolvidas de forma mais rápida, com menos esforço técnico e menor dependência de equipes altamente especializadas. Isso tem um impacto direto no time-to-market, especialmente em projetos que demandam velocidade para atender requisitos de conformidade, produtos digitais e experiências mais fluidas para o cliente final.
Além disso, ao reduzir a complexidade da codificação tradicional, o low-code abre espaço para a colaboração entre áreas de negócio e tecnologia. Isso resulta em soluções mais aderentes à realidade operacional e acelera a entrega de valor para o negócio.
Eficiência operacional e redução de custos
Um dos impactos mais visíveis do low-code está na automação de tarefas repetitivas e manuais. Atividades como onboarding de clientes, análises de crédito, conciliações, atendimento ao cliente e processos de compliance podem ser automatizadas com mais agilidade, liberando equipes para se concentrarem em decisões estratégicas.
Essa automação reduz erros, melhora a produtividade e diminui os custos de desenvolvimento e manutenção. Isso é especialmente relevante para instituições que operam com margens apertadas ou que precisam escalar suas operações sem aumentar proporcionalmente seus custos.
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Apesar das vantagens, a adoção do low-code ainda enfrenta resistência em algumas instituições, principalmente nas equipes de TI mais acostumadas ao desenvolvimento tradicional. Há também o risco do chamado shadow IT, em que áreas de negócio passam a desenvolver suas próprias soluções sem supervisão técnica adequada, o que pode comprometer padrões de segurança, escalabilidade e integridade da arquitetura.
A chave para mitigar esses riscos está na definição de políticas claras de governança. Isso inclui guidelines técnicos, trilhas de auditoria, pipelines de aprovação e integração com os sistemas de segurança e monitoramento corporativo. O low-code não elimina a necessidade de controle. ele muda a forma como esse controle é exercido.
Segurança e conformidade: pré-requisitos, não diferenciais
No setor financeiro, nenhuma solução sobrevive sem atender a requisitos rigorosos de segurança e conformidade. Plataformas low-code que não oferecem mecanismos fortes de autenticação, criptografia, controle de acesso e compatibilidade com normas como LGPD, PCI-DSS e ISO 27001 simplesmente não têm espaço.
A escolha da plataforma deve considerar esses critérios desde o início. Além disso, é papel da TI estabelecer os limites e as permissões de uso, garantindo que qualquer iniciativa low-code esteja alinhada às políticas internas e às exigências regulatórias do setor.
Acelerando a inovação com menos riscos
Outro ponto de destaque do low-code é a possibilidade de criar MVPs (produtos mínimos viáveis) com menos investimento e em ciclos mais curtos. Isso permite testar novas funcionalidades como carteiras digitais, sistemas de cashback ou plataformas de investimento, de forma incremental, com base em feedback real do usuário.
Essa abordagem reduz os riscos associados à inovação, tornando o processo mais sustentável e contínuo. Fintechs, bancos digitais e cooperativas de crédito têm tirado proveito dessa flexibilidade para lançar novos produtos com frequência, testando hipóteses e adaptando-se rapidamente às mudanças do mercado.
Integração com sistemas legados: o desafio silencioso
Grande parte das instituições financeiras ainda opera com sistemas legados difíceis de manter e integrar. O low-code atua como uma camada de orquestração, conectando esses sistemas por meio de APIs, conectores e serviços prontos para uso.
Essa abordagem permite modernizar fluxos sem a necessidade de substituições imediatas, facilitando a criação de interfaces mais amigáveis e automatizações que dependem de dados e regras de sistemas centrais, como core banking, ERPs e CRMs.
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Embora aplicável em diferentes contextos, o low-code tende a ser mais impactante em instituições com foco em inovação contínua e integração entre áreas. Bancos digitais, áreas de transformação digital de grandes bancos, cooperativas de crédito e fintechs são exemplos claros de ambientes onde o low-code tem acelerado resultados.
Mesmo em instituições mais tradicionais, o low-code pode começar a gerar valor em áreas como compliance, automação de backoffice e atendimento ao cliente. Conforme a maturidade digital evolui, o uso pode ser ampliado para projetos mais complexos e estratégicos.
O que esperar dos próximos anos
Nos próximos cinco anos, o low-code deve se consolidar como um dos pilares da arquitetura de TI no setor financeiro. A tendência é que ele deixe de ser uma alternativa e passe a ocupar um espaço central nas estratégias de entrega de soluções. Algumas direções que merecem atenção:
Plataformas híbridas: combinando low-code e high code para maximizar flexibilidade e escalabilidade.
Automação inteligente: uso combinado de low-code com RPA, analytics e recursos cognitivos.
Expansão da governança: ambientes que permitam autonomia controlada, evitando soluções paralelas fora do radar da TI.
Banking-as-a-Service (BaaS): uso do low-code como ferramenta para estruturar e oferecer serviços bancários como produtos.
Experiência do cliente: foco crescente em soluções omnichannel, responsivas e integradas.
O low-code não é um atalho. É uma abordagem que, quando aplicada com estratégia, disciplina e governança, transforma a forma como bancos e instituições financeiras constroem soluções, se adaptam e se posicionam diante de um mercado cada vez mais dinâmico.
A velocidade com que se entrega já não é mais opcional. Mas ela precisa caminhar junto com segurança, qualidade e integração, exatamente o que o low- code, quando bem implementado, é capaz de oferecer.
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Por: Time SIS
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