E aí pessoal, tudo bem?
Hoje estou aqui para contar pra vocês um pouquinho do que rolou no evento Payment Revolution, promovido pela Start.Se, que aconteceu nos dias 20 e 21 de setembro no Expo Center Norte, em São Paulo.
Tive o privilégio de ter a companhia dos diretores e amigos Thiago Cappi e Rubens Macedo para representar a SIS, onde além de acompanhar as palestras e painéis, tivemos muitos momentos de interação fora do dia a dia da empresa que são de grande valia para sempre nos manter alinhados junto a estratégia corporativa da empresa.
O evento contou com um palco principal, um palco menor onde rolou algumas outras palestras de forma simultânea, além de contar com diversos stands de empresas e startups de meios de pagamento divulgando sobre os seus produtos e serviços.
No primeiro dia do evento, assistimos um primeiro painel onde o tema era Criptomoedas e uma nova forma de inclusão financeira, onde pudemos perceber cada vez mais a tendência das empresas em começar ou expandir as possibilidades de recebimentos e pagamentos por meio de criptomoedas. Pesquisas recentes mostram que, apesar da queda de aproximadamente 60% das principais criptomoedas em 2022 ter causado desânimo e desconfiança em investidores, a adoção massiva ainda está seguindo de forma muito intensa. Hoje, o Brasil está em 7º lugar no mundo entre os países que mais adotaram criptomoedas em 2022. Já é uma realidade e a tendência é aumentarmos cada vez mais a quantidade de pessoas para adotarem essa nova forma de investimento e popularizar os pagamentos e recebimentos através das criptomoedas.
Na sequência, acompanhamos uma palestra sobre Fluidez em pagamentos e o impacto na segurança. Não podemos deixar de pensar e de combater um grande problema que acomete as empresas que é a segurança e o combate à fraude. Em uma pesquisa apresentada, 72% dos líderes de empresas globais disseram que tem dedicado mais pessoas e recursos para combater as fraudes que foram potencializadas durante esse período da pandemia, onde foi identificado tipos de fraudes mais complexas do que antes dela. Esses investimentos tiveram alguns impactos para os clientes, como pagamentos legítimos recusados ou com falso-positivos, onde em situações normais o cliente tenta fazer uma compra, mas não consegue. 33% desses consumidores disseram que não comprariam novamente em uma empresa após um pagamento recusado sem razão. Foram citadas algumas recomendações e dicas para o combate à fraude, como por exemplo:
- Fontes ricas de dados integradas ao PSP (Payment Service Provider) para ajudar as empresas a tomar decisões mais rápidas e precisas
- Intervenções como o 3D Secure, que é uma camada de segurança adicional para transações online com cartões de crédito e débito que acrescenta uma etapa de autenticação a pagamentos eletrônicos
- Preferências de pagamentos dos clientes continuarão mudando, alterando o panorama de fraudes
- Cuidado ao coletar e armazenar informações para garantir a conformidade com leis globais de segurança e privacidade de dados
Depois do intervalo para o almoço, participamos de mais algumas palestras que adicionarei abaixo alguns highlights:
Web 3 no Universo dos Pagamentos
Foi apresentada uma conceituação do significado de Web3 que é uma nova forma de interagir com a internet "onde a internet se conecta com o dinheiro sem intermediários", dando o direito as pessoas de propriedade "tendo a capacidade de possuir um pedaço da internet". Gostei muito da analogia apresentada que uma venda deveria ser similar a uma feira livre, aonde o cliente vai numa banca, escolhe seu produto, paga diretamente ao feirante e vai embora. Simples assim!
Foi apresentado também os conceitos de Blockchain para então chegar no ponto de explicar a utilização das carteiras digitais (wallets) como, por exemplo, a Metamask (que é a carteira web3 mais utilizada no mundo) e também a possibilidade de uso de hardwallet, que é um aparelho físico simular a um pendrive USB que não é conectado à internet e serve para guardar os cripto ativos de forma mais segura.
Alguns benefícios da Web3 citados na palestra:
- Integrar o e-commerce com a web3 para ter a capacidade de receber diversos tipos de token em transação P2P (peer to peer) sem a participação de terceiros, eliminando custos de transação
- As transações feitas em ambiente de Blockchain são livres de censura
- Auto custodia dos ativos e liberdade sem limites de valor ou horário, ou até mesmo nacionalidade para executar as transações
Como garantir a segurança para novos negócios em blockchain
Foi abordada a evolução para adoção em massa da tecnologia Blockchain, puxada pelas criptomoedas. Atualmente 26% da população brasileira de 18 a 60 anos já negociou algum cripto ativo. Outros pontos de destaque da palestra:
Novas possibilidades disruptivas além das criptomoedas, como:
- Tokens e NFts;
- Blockchains permissionadas;
- Internet das Coisas (IoT) e
- Contratos Inteligentes.
- A Tokenização da economia além das criptomoedas - O BACEN está com um projeto que é previsto o lançamento em 2024 para o REAL DIGITAL CBDC (Moeda do Banco Central).
- Preocupações com segurança:
- Volume alto de hacks por falhas de segurança;
- Riscos de acesso não autorizado e roubos de informação e
- Roubos de chaves de ativos digitais.
Ufa, foi muito conteúdo e muita riqueza de informações no primeiro dia do evento e, além de tudo isso, reservamos um tempinho para realizar bons networkings.
Reencontramos amigos e conhecemos pessoas incríveis que deixaram em aberto possibilidades de novos negócios. :)
Então chegamos para o segundo dia do evento, o que nos reservaria algumas boas surpresas...
Ficamos na Plenária principal no período da manhã e acompanhamos muito conteúdo bom, onde destaco, principalmente, 2 palestras: